A Coluna Vertebral é formada por um conjunto de vértebras separadas entre si por pequenos “Colchões” denominados  Discos Intervertebrais.

As vértebras são constituídas por ossos porosos (parte rígida) e discos intervertebrais; estes são constituídos por uma lâmina de cartilagem ou anel fibroso  (parte deformável) e, na parte central, pelo Núcleo Pulposo, em formato de bolha. (Fig.1)


Fig. 1

Os discos intervertebrais têm a função de amortecer as sobrecargas da Coluna Vertebral, em que o Núcleo Pulposo flui internamente, servindo como um distribuidor destas pressões de acordo com os movimentos realizados pela Coluna.

As hérnias de disco surgem após microtraumas repetitivos sobre o disco ou quando as fibras do anel começam a degenerar. Estudos mostram que a partir dos 25 anos de idade podem ter início processos de degeneração do tipo rasgaduras infrafasciculares que, sobre pressão axial do corpo sobre a Coluna, as substâncias do Núcleo passariam pelas fibras do anel; na maior parte das vezes, a fuga deste Material se dá no sentido póstero-lateral, podendo atingir a margem posterior do Disco e aflorar debaixo do Ligamento Vertebral comum posterior.

A Coluna Lombar é mais acometida pelas discopatias. Isto se dá em virtude desta região sofrer maior sobrecarga de peso, pela grande mobilidade articular a que é submetida e, ainda, pelo fato das pessoas a movimentarem erroneamente, em forma de blocos.

Num primeiro momento, esta substância do Núcleo poderia permanecer unida ao Núcleo, ficando abaixo do Ligamento Vertebral Posterior (A); posteriormente, pode evoluir para a hérnia discal livre, que é quando a substância afunda o Ligamento Vertebral comum posterior, podendo ficar livre no interior do canal vertebral (B); em outras situações, pode ficar bloqueada sob o Ligamento Comum Posterior (C), e as fibras do Anel Fibroso se fecham atrás dela, impedindo qualquer possibilidade de retorno; enfim, temos a hérnia migratória subligamentar (D), que após ter alcançado a face profunda do Ligamento, desliza para baixo ou para cima – neste caso, as fibras nervosas entram em tensão, produzindo dores lombares ou até mesmo a compressão de nervos vertebrais que causam as Radiculalgias. (Fig. 2).


Fig. 2

Tratamento Fisioterapêutico – Dentre as terapias Fisioterapêuticas, a REEDUCAÇÃO POSTURAL GLOBAL / RPG tem obtido êxito sobre as Discopatias , por trabalhar com posturas específicas (Fig.3) que promovem um alongamento das Cadeias Musculares (Fig.4).

Fig.3

Fig. 4

RPG parte do Princípio da Globalidade, isto é, que todos os músculos do corpo humano estão interligados, formando grandes cadeias, e que, sendo assim, um tem interferência sobre o outro.  Na  RPG  o Paciente tem que desenvolver, associado a posturas, padrões respiratórios que irão atingir a musculatura profunda do corpo, fortalecendo e também promovendo um alongamento axial. As Pompagens (Trações Manuais) são aplicadas são aplicadas pelo Fisioterapeuta durante a Sessão, com o intúito de relaxar e, decoaptar as articulações vertebrais, que junto ao trabalho muscular ativo excêntrico, realizado pelo Paciente, serão feitas as correções posturais e, consequentemente, a conscientização da manutenção da nova postura adquirida.

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